À conversa com... Rita Braga!
A professora Rita Braga começou o seu percurso nas Danças de Salão, ainda muito jovem. Nesta altura, começou a competir a nível nacional e internacional até aos 19 anos. Aos 13 anos concorreu a um programa televisivo chamado “Febre da Dança“ onde conseguiu o 2° lugar.
No ano de 2014 entrou para a companhia de dança Afrolatin Connection, hoje em dia, ALC Dance Studios. Nesse mesmo ano, começou a lecionar com o professor Bruno Sousa, uns meses mais tarde, o par da professora Rita passou a ser o Rui Teixeira, com quem se mantém a dar aulas até hoje.
Tendo em conta, todo o percurso da Rita, decidimos fazer uma mini entrevista... Desde da origem desta grande paixão até aos dias de hoje.
Que idade tinhas quando começaste a dançar?
Eu comecei a dançar aos 8 anos. Inicialmente, o meu par era um colega de escola que tinha começado a ter aulas de danças de salão há pouco tempo e depois de várias conversas sobre o assunto, acabamos por nos tornar par um do outro.
Dentro de todos os ritmos que as danças de salão englobam, quais as mais desafiantes?
Boa pergunta!... As danças de salão no geral, para serem bem dançadas, são extremamente técnicas!
Aquelas que a mim me desafiavam mais pela técnica eram, sem dúvida, o Samba e o Passo Doble. Aquela que mais me desafiava em termos físicos e de resistência era o Jive. Os bailarinos de danças de salão, sabem bem do que falo!
O Jive é um ritmo muito animado, mas super-rápido também! Exige realmente muita resistência a nível de cárdio, mas também, a nível muscular.
Para além de toda esta exigência o Jive é o último das 5 danças latinas.
Dentro de todos os ritmos que as danças de salão englobam, quais as menos desafiantes?
Não existe um que seja mais fácil ou menos desafiante. Como disse, na resposta anterior, todos os ritmos são muito exigentes a nível técnico.
No entanto, para mim, os que mais gostava de dançar era o Cha Cha Cha e Rumba.
Não consigo explicar exatamente o porquê, mas, o Cha Cha Cha é o ritmo onde me sinto mais à vontade, o que não quer dizer que seja o que danço melhor.
Se, por acaso, tivesse que me descrever num único ritmo seria, sem dúvida, o Cha Cha Cha... é uma paixão enorme! Talvez por ter sido o primeiro que aprendi e também, porque em competição é o primeiro que dançamos, mas é o que mais gosto, sem dúvida.
A Rumba para mim é uma dança na qual também me sinto confortável, talvez por não ser uma uma dançarina rápida e o ritmo em si ser o mais lento das 5 danças. Os movimentos são mais redondos e aguentados. Apesar da Rumba ser uma dança romântica e que vive muito da expressividade e eu em particular não ser forte em nenhum destes aspetos, acho que me safava bem porque tentava passar a minha falta de expressão facial para os movimentos corporais.
Achas que é preciso ter química com o par?
Na minha opinião, é preciso existir respeito e cada um ter noção do seu lugar, como se de uma relação amorosa se tratasse. O equilíbrio, o entendimento e a admiração pelo outro enquanto dançarino(a) é, de facto, meio caminho andado para uma parceria de sucesso.
Isto para mim é a tal "química" que muitas pessoas falam.
Qual a razão para deixares as Danças de Salão e passares aos Ritmos Afrolatinos?
Não foi uma decisão. Foi, simplesmente, nessa direção que o meu percurso andou.
A minha posição em relação a estes dois Mundos é completamente diferente. Nas Danças de Salão eu era aluna e competidora. Nos Ritmos Afrolatinos sou professora. Uma coisa não implica a outra, claro. No entanto, nas Danças de Salão eu não tinha qualquer tipo de apoio. Era patrocinada por uma profissional incrível que me ajudava imenso, mas, infelizmente não era suficiente.
Por isso, apesar de numa certa altura, estar nas duas “áreas” em simultâneo, acabei por deixar as Danças de Salão para segundo plano.
Participaste em competições? Quantas?
Graças a Deus, perdi a conta às competições que fiz!
Durante alguns anos foi o meu estilo de vida. Treinar, treinar, treinar e depois competir. Em média, naquela fase, eram 7 ou 8 competições nacionais.
Foi uma das melhores épocas da minha vida!
Só competiste em Portugal?
Não, também já competi em Paris!
WDC World Championship - Disney Cup, é este o nome da competição que se realiza em França na Disneyland Paris.
Nesse ano, eu e o meu par conseguimos obter um dos melhores resultados de pares Portugueses que tinham viajado para essa competição. Foi um orgulho para mim!