Ora, ora, ora...bem me tentei safar, mas depois de muito fugir, não consegui escapar à minha vez de relatar a ainda curta, mas alucinante viagem no mundo das afrolatinas.

Perguntaram-me como fui de aluno a professor de dança...

Na verdade, eu já há muitos anos que estou ligado à dança, mas aos ritmos brasileiros. No entanto, e porque a vida assim me levou por este caminho, fui deixando lentamente de dançar, abraçando outros afazeres familiares.

Mas a vontade e o amor pela dança nunca me abandonaram e com o incentivo da minha esposa, que me desafiou a ter uma atividade em conjunto, inscrevi-me na ALC Dance Studios.

Devo confessar que, numa primeira fase, o meu reencontro com a dança e com os estilos que a ALC lecionava, não era mais do que um hobby, mas com o passar do tempo, aquele bichinho que pensava estar adormecido, não estava… mesmo! Tanto que acordou, mais parecendo um vulcão em erupção. Este hobby passou a ser um desafio e voltei a ponderar dar aulas.

Será que tinha jeito para aprender e, acima de tudo, para ensinar novos ritmos?

A verdade é que como aluno fui sempre focado e disciplinado, mas não porque tivesse o intuito de algo mais. Simplesmente faz parte da minha maneira de ser.

Mas à medida que evoluía, pedindo mesmo aos professores por onde passei para puxarem por mim, também a vontade de transmitir este amor e rigor aos outros, aumentou.

E assim o tempo foi passando, e eu fui aprendendo, bebendo todo o conhecimento que me era permitido obter até que a minha oportunidade surgiu e fui convidado para dar aulas pela escola que tanto me ensinou!

E assim comecei a lecionar, transmitindo aos meus alunos que o mais importante é que, enquanto aprendem, se divirtam e sejam felizes. Porque a dança deve ser um escape, um momento em que largamos o peso de um dia de trabalho e abraçamos a liberdade que a dança permite.

Quero que os meus alunos sejam os melhores? Quero.

Quero que os meus alunos sejam felizes? Sempre.

André Ferreira